Vasco e Botafogo fazem a finalíssima no Rio: aproveitemos o que há de bom nos regionais (Marcelo Sadio/Divulgação)
Para ouvir ao som de: Chico Buarque - Essa Pequena
Nas últimas eleições, deu-se o ocaso de Chico Buarque. Você
não foi convidado para o enterro. Tampouco os parentes do compositor. Nenhum
tabelião avalizou uma certidão de óbito. No entanto, parágrafos e
parágrafos na imprensa sentenciaram que o filho de Sérgio Buarque de Hollanda estava inapto, senil.
Tudo isso por seu posicionamento político.
Não julguemos, aqui, a visão do cantor ante o que acontece entre
os mais poderosos brasileiros; que teçam argumentos ou espumem ódio em outro
canto. Sem dúvida: presente é a vivacidade da verve do artista. No ano que encomendaram o
ataúde do Chico, o autor lança o incensado livro “Irmão Alemão”, reconhecido como um dos
melhores entre as quatro estações de 2014.
Pouco antes, em 2011, Chico Buarque entrou em turnê para divulgar o
disco “Na Carreira” (o título é uma resposta antecipada aos que decretaram a
falência do compositor?). Há, entre aquelas faixas, uma inédita capaz de
decodificar tanto uma expectativa das arquibancadas como uma ética da própria
produção do músico.
“Essa Pequena” não tem a poética incisiva de “Construção” ou
a ironia ferina de “Deus lhe Pague”. Ocorre ali a descrição de um amor que,
mesmo diante da diferença de idade, acontece da maneira mais contundente.
Embora não haja a perspectiva de dezenas de anos de convivência, ocorre a felicidade, a
cada segundo, em plenitude.
Chico aproveita o futebol, como praticante e torcedor.
Embora os campeonatos regionais tenham sido difíceis, ocorreu uma interessante cizânia
entre o Fluminense do poeta, o Flamengo, a Federação Fluminense e, por
conseguinte, a CBF. Desse embate, pode sair um ensejo de liberdade para os
clubes, quem sabe a liga independente?, uma coesão entre grandes times...
Por Helcio Herbert Neto.
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