sexta-feira, 30 de julho de 2010

O punho de ferro na volta para casa



Seis horas em posição de sentido e ouvindo insultos em frente ao Palácio da Cultura Popular de Pyongyang, capital da Coreia do Norte, foi o castigo recebido pelos jogadores da seleção nacional após a campanha na Copa do Mundo da África do Sul. O treinador da equipe, Jong Hun Kim, teve um destino diferente, porém não menos bárbaro: ele foi submetido a trabalhos forçados.

A delegação foi castigada por cometer o ‘delito’ de trair a confiança do ditador Kim Jong-il, o "Querido Líder", como gosta de ser chamado. Jong Tae-se, estrela da equipe, foi o único poupado, por ter chorado durante a execução do hino nacional, antes do confronto contra a seleção brasileira, caracterizando devoção e respeito à pátria. O curioso é que o atacante é japonês, naturalizado norte-coreano.
Após o revés honroso para o time de Dunga, as autoridades do país decidiram transmitir ao vivo a partida da Coreia do Norte contra Portugal através da televisão estatal, um fato inédito em um evento de Copa do Mundo. Porém, a goleada dos lusos por 7 a 0 pareceu não ter agradado Kim Jong-il e deu no que deu.

O perfeitamente correto nesta conclusão seria descascar o modelo político norte-coreano que, em pleno século XXI, tem um ditador medieval agindo de forma pavorosa e inaceitável a sua frente. Entretanto, estou com o humor mais elevado do que o senso crítico no momento e a minha deixa é: Por que cargas d'água Kim Jong-il acreditou que a Coreia, NO MÍNIMO (palavras do ditador), repetiria a campanha de 66, quando terminou entre as 8 melhores seleções do mundial? A Coreia do Norte é realmente isolada do resto do mundo, porque absolutamente ninguém acreditou que o país passaria sequer da primeira fase, com exceção dos próprios norte-coreanos. E tenho minhas dúvidas se eles acreditaram ou simplesmente fingiram acreditar para não tomarem mais chibatadas do "Querido Líder", esse sim isolado e desolado.

*Os detalhes da recepção nada festiva da delegação norte-coreana no retorno ao país natal foram divulgados nesta sexta-feira pelo jornal italiano La Repubblica, que obteve as informações através da agência de notícias Radio Free Asia.


Por Roberto Passeri.

4 comentários:

  1. isso é ua vergonha, cara. Imagina se na França existisse um regime parecido, o que aconteceria ?
    No mundo de hoje, e no de algum tempo também, é inexplicável um regime desse tipo.

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  2. Beto,
    Taí um bom exercício para sua imaginação e complementando aquele e-mail que te enviei sobre o modelo político que a Dilma, se eleita, pretende implantar.
    Imagine se em 2014 a Seleção perde em casa o que esperam nossos jogadores.
    El Paredon!!!kkkkkkkkkk
    Abraços

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  3. Sem entrar demais na discussão do discurso do medo que o Serra-Mr. Burns (remember Simpsons) e seu fiel escudeiro, o ilustre Índio (quem??) querem atribuir às candidaturas rivais, e ao qual o Acyr parece se afiliar com entusiasmo, cabe apenas comentar que vivemos no Brasil, e isso não vai mudar, uma conjuntura democrática, digamos, "um pouco" diferente da norte-coreana. Dito isso, e voltando aos Simpsons, essa história do Kim Jong-il parece uma piada da famosa saga do Homer e seus conterrâneos, não fosse o caráter trágico das suas consequências. É claro que até o mais pacato dos brasileiros pensou num primeiro momento que não seria nada mal uma meia hora de sabatina com o Felipe Melo depois da tragédia alaranjada, mas isso é coisa que dá no calor da partida e passa, ninguém em sãs condições proporia isso a sério. A menos que o Felipe Melo, além do destempero em campo, declarasse voto para a Dilma. Aí, sim, de repente pensar numa chibatinha de leve porque, afinal de contas, para os afiliados do pânico tucano uma palmadinha não mata ninguém, né? A propósito, já que falamos na nata da direita brasileira, que democracia a do Fluminense, não? E depois, a Dilma é que vai pôr no paredão. Muricy que o diga...

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  4. Direito de resposta:
    Após ser citado por "esse tal de Bruno", solicito Direito de Resposta cfe o Artigo Hexa desse Blog, assinado em Tóquio em 13 de dezembro de 1981.
    Sr. Bruno,
    A costume de reabrir discussões e tentar apagar ou reescrever a História, não é prática frequente na "ala tucana" e sim do casal(sic): LULA/DILMA e seu fiel escudeiro Hugo Chaves que quer reescrever a história exumando Bolivar.
    Talvez o sr. prefira a outra opção que seria:
    Não sei de nada, não vi nada, não estava lá e acho que dever alguma procuradorazinha por aí
    inventando essas coisas".
    Sr. Bruno, o sr. realmente acha que só o vilão da história foi o Felipe Melo? O Dunga foi vítima?
    Cuidado com sua postagem quanto ao Murici, pois tem alguns que ainda acreditam que ele só recusou o convite para "manter a palavra".
    Veja o GLOBO.COM de hj.
    Tá sumido hein sr. Bruno!!!
    Abraço em todos

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